segunda-feira, 1 de abril de 2024

BORBOLETA (curta-metragem)

Por Paccelli José Maracci Zahler (Brasília, DF)


NOVA LIMA, RIMAS DA FELICIDADE

Por Valéria Cristina Gurgel (Nova Lima, MG)

SENTADA DE TRADIÇÃO

Por N'Dom Calumbombo (Luanda, Angola)

 

Numa tarde amena com os amigos, em Luanda, sentados sob os olhares de estranhas cevadas, continha duas mesas em torno do cerco que se fazia dourados, por dentro, atenuava-se os alaridos, todavia, os insinuosos gritos em cada sentada faziam-se ritos de tradição. No início, José Machado tencionava pôr um basta com pretensão de se voltar à normalidade. Na medida que as horas passavam, colocava-se sobre os pés a caminho de volta a casa, quando tentasse, flagrava-se sob o impulso à parede vendo os seus braços dobrados.

Carlos Jorge, um dos amigos angustiado com a situação, chegou perto e disse; não é preciso entrar em desuso, sendo que, passa apenas a partir de hoje abrir-se uma exceção, mas que se saia de livre vontade. Ofereceu-lhe uma taça contendo álcool como tradição dos velhos tempos, foi, então, disparido com a queda de se ver perdido, porque das vastas sentadas, o copo com ou sem álcool, fora sentidas de alegria e de melancólicos sorrisos.

Voltou à casa fustigado pela aurora da noite, olhou com suavidade nos retratos, sentindo à medida larga das sentadas vividas, rondava-se sobre os cantos do quarto, com um canto místico relembrando à tradição dos tendenciosos ventos clarões do dia, rio sem foz, com um cigarro à ponta da língua. Duas horas depois, quando à chegada dos amigos, vindo saber sobre sua chegada, saio pela porta dos fundos, nostálgico, arremessou-se para o ombro de um de seus amigos, distraído, avistou os outros pela frente. Disfarçado, aparentava estar suado, mas ainda assim, abraçou-lhe fortemente dizendo: vim porque de nós está os sacrifícios, história que renasce em cada sentada que tivemos juntos.

Tinha vinte e três anos de idade, mas nunca conseguira explicar tudo o que  sentia. Exaltado pela brisa das chamas do dia, aconchega a cabeça a uma tábua sob o pouso duma pedra, na espera que os demais saíssem, o que causara de tal forma, minutos depois, num inchaço manifestado pela demora.

Numa manhã fria, batendo a saudade no âmago entre lágrimas jazidas, de desejos internos, abriu as janelas, sentindo o aroma das paisagens, dos passeios que, às vezes, desejando não mais voltar em casa. Como não passara de tradição, com cervejas, cigarro e petiscos, a mãe, na distração, assustou-se com medo de vê-lo a jogar-se pela janela. A mãe, em sua volta, amarfanha e colocava-se a sorrir. Quando o pai chegou, despiu-se da escuridão do efecto e da razão cintilante que pairava no cerne do seu interior. Ficou com a marca na memória, chocado ao vê-lo pendurado na janela, que ambos o vinham como esperança. Ficaram dois dias sem se ver, no terceiro dia, quando o pai saio do trabalho, o pai entrara  com os seus tios, com a missão de pôr um basta nas atitudes vedadas de tradição, onde o fim é a perdição que não se sonhara.

Assustado com o pôr-do-sol, fundo como um furacão, ajustou-se à porta estreita, como se não visse a família a entrar, mordeu-se os dentes, saciava sair dali e jogar-se pelo quintal. A mãe saira do quarto abatida, com estranhas sensações de febril. Foi à varanda com os sentidos penosos, sem tido tempo para poder lavar o rosto de lágrimas de rio caído. O corpo da mãe exaltara, de certa forma, uma frieza, embora os aromas dos ventos abafados pelas estranhezas em vê-lo ladeado no meio da família, com o bolo alimentar pela boca, via no íntimo de seu filho os pedidos de desculpas, esplêndido, concordava com cada palavra que, verdadeiramente, tatuado na sua alma, relembrava dos momentos antagónicos que passara com os amigos em cada sentada de tradição.

 

 Sobre o autor:

N'Dom Calumbombo, pseudônimo literário de Domingos Félix Calumbombo, nasceu em Luanda. Identifica-se como cronista, contista e poeta da nova geração, tendo participado na Obra "Antologia da Minha Infância", publicado em 2021 pela Editora Mundo da Leitura, e seus textos são divulgados na rádio Megaweb Portugal, em Portugal. É licenciado em Secretariado Executivo e Comunicação Empresarial pela Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho. Actualmente, escreve para o Jornal OPaís.

 

 

 

HAICAI A ARTE DA POESIA - UM GUIA PASSO A PASSO

Por Leandro Bertoldo Silva (Padre Paraíso, MG)




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VOCÊ PENSA OU PENSA QUE PENSA?

Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)

Durante longos anos ouvi diariamente: comentários e pareceres de amigos e conhecidos e, frequentemente escuto na cafetaria, onde todas as tardes tomo o reconfortante cafezinho, conversas sobre os mais diversos assuntos.

De tudo que ouvi e escuto, conclui: a maioria das pessoas são como dizia o mendigo de Joracy Camargo: " Pensam que pensam, mas não pensam".

São simples repetidores do que ouvem ou leem dos fazedores de opinião.

Os pareceres variam, em norma, consoante a posição que se encontram no xadrez da vida: alteram-se com a situação económica do momento.

Poucos são os que possuem convicções e certezas fundamentadas – ainda que asseverem que as têm...

Se perguntarmos a ferrenho torcedor a razão de ter aderido a certo clube desportivo, não saberá, por certo, responder.

" Sou, porque sou." - Argumenta; ou porque o pai já o era; ou simplesmente para ser do contra: a família torcia por outro clube.

Acontece, igualmente, na política. Poucos militantes conhecem a ideologia e os estatutos. Basta-lhes repetirem o que diz o líder; os mais fanáticos, mesmo reconhecendo o erro, são incapazes de o reconhecerem.

Infelizmente o que se passa no desporto e na política, ocorre algumas vezes, na religião:

Se perguntarmos a crente, porque permanece nesta ou naquela denominação, por certo não saberá responder. Talvez declare: Que é a Igreja da maioria; porque gosta do sacerdote; ou era a da sua meninice.

Também na Igreja, como na política, há infelizmente, quem busque interesses financeiros ou projeção social:

Conheci homem que frequentava Igreja Evangélica, porque recebia, algumas vezes um queijo flamengo!...

Conheci, igualmente, escritor, amigo de meu pai, cujas obras alcançaram importantes prémios. Uma vez confidenciou-lhe:" No início da carreira tive que aderir a partido político de esquerda, para conseguir editor!..."

O mesmo aconteceu a intelectuais, na época da ditadura...que mais tarde inscreveram-se em partidos de esquerda, após haverem recebido benesses do antigo regime.

Tenho, portanto, sempre reservas quando ouço ou leio comentários na média, porque é raro ser-se imparcial. Todos sofremos influencias. Poucos são verticais e honestos. Mas ai de quem lhes diga isso!...

O RECADO

Por Dias Campos (São Paulo, SP)

 

            Quando se pensava que o maior diamante do mundo já tinha sido encontrado, a África a todos surpreenderia, fazendo com que os olhos dos cobiçosos rebrilhassem mais uma vez.

            E se havia quem se maravilhasse a cada novo achado, esse alguém era o engenheiro chefe, David Johnson, idólatra dessas preciosidades e amante do dinheiro que elas proporcionam; tanto que alardeava aos quatro ventos que só Deus poderia afastá-lo dessas duas paixões.

Desta vez, porém, não seriam os 1.112 quilates da nova descoberta – três a mais do que os da sua antecessora – os únicos responsáveis pelos holofotes a serem direcionados para as minas de Botsuana, mas, sim, algo que havia em seu interior...

Por força disso, à medida que o engenheiro de plantão lavava a pedra, ele e os mineiros que o rodeavam, ao invés de se manterem em júbilo, deixavam transparecer um quê de desapontamento, pois o seu valor comercial transmudava de extraordinário para aproveitável.

David foi logo avisado, e correu ao ponto onde acharam a gema. Vinha, é claro, com um misto de euforia e decepção, pois se não deixaram de repassar a boa notícia, também não ocultaram a má.

Antes mesmo de pôr as mãos na novidade, os olhos do perito ofuscaram! Mas foi só observá-la para que o deslumbre diminuísse. – Eram desenhos dispostos em um veio retilíneo que cruzavam a gema de ponta a ponta, sendo que pareciam ter sido esculpidos por uma impressora a laser de última geração, haja vista a perfeição com que se repetiam.

Depois de examinar a novidade o mais que podia, David a levou para sua sala, onde aconteceria uma reunião a portas fechadas com toda a sua equipe. Não saiu, contudo, sem advertir os funcionários que a admiravam de que estavam terminantemente proibidos de fazerem comentários; quem o fizesse, seria demitido sem direito à contradita.

David não tomou essa decisão por medo de que a notícia vazasse. Até porque, seus empregados não só estavam acostumados com o sigilo que deve imperar nesse ramo de atividade, como, também, não ousaram maculá-lo quando encontraram o diamante anterior.

Eram, na verdade, aqueles desenhos – riscos horizontais em que se pendiam outros verticais e formas curvilíneas – que o incomodavam sobremaneira.

Já em seu gabinete, ladeado por toda a equipe, o achado seria passado de mão em mão. David queria que cada um opinasse sobre aqueles desenhos, como se necessitasse de uma justificativa para o seu incômodo.

Se bem que as opiniões começassem científicas, não faltaram criatividade e gracejos a tentarem explicar aquele estranhíssimo fenômeno; a exemplo da hipótese levantada pelo palhaço-mor da equipe, que afirmou serem hieróglifos entalhados por Micrômegas (de Voltaire), aduzindo que, por ter o viajante intergaláctico se apaixonado por uma terráquea, não lhe restou alternativa senão a de rabiscar o seu endereço e o contato telefônico no primeiro “guardanapo” que encontrou, já que sua nave espacial estava na iminência de decolar em direção à sua morada na estrela Sirius.

Todos riram, incluindo David. Mas essa brincadeira causou-lhe forte impressão, mesmo que não a tivesse demonstrado.

Terminada a reunião, o engenheiro chefe permaneceu em seu gabinete. Era preciso debruçar-se sobre aqueles desenhos, e sobre o mal-estar que eles provocavam. Na realidade, mesmo não conseguindo definir o que sentia, para David, eles nada tinham de naturais. E, coisa singular, até pareciam... familiares!

David, então, escaneou como pôde aqueles desenhos, e guardou a pedra a sete chaves. Em seguida, deitou-se sobre a cama. Precisava pensar, rememorar... Sentou-se novamente, e ficou observando as imagens na tela do seu celular. E ora ampliava-as, ora girara-as. E olhava para o teto... e nada lhe vinha à mente.

 Levantou-se, andou pelo quarto; foi à janela, mirou o horizonte... e jogou o celular sobre a cama, como se a comichão que o afligia não tivesse passado de uma grande tolice.

E como o pensamento voltava-se para a milionária quantia que deixariam de lucrar graças à desgraça imposta pela mãe natureza, David desenterrou alguns palavrões e tornou a se deitar. Talvez no sono encontrasse a maneira mais dócil de repassar a notícia para o poderoso e nada compreensível CEO da mineradora.

Mas o sonho traria uma reviravolta...

Súbito, acordou. Estava ofegante e suava frio.

Com o passar dos segundos, em que inspirava e expirava lenta e profundamente, David retomava o prumo. E o nevoeiro que lhe encobria a memória começou a dispersar-se.

Quando a bruma foi de todo afastada, determinadas lembranças acerca de um erudito reavivaram-se em sua mente como se assistisse a um filme de altíssima definição.

David pôs as mãos sobre a cabeça, avocou os céus, e levantou-se de um pulo. Era preciso reencontrar aquele velho amigo, e o mais rápido possível!

Com a ajuda do Google, não foi difícil achar o do Dr. Elliott Moore e obter o seu contato.

Não abusando dos rapapés, e sem entrar em detalhes, David enviou uma mensagem por e-mail para o seu antigo professor, suplicando que o contatasse com urgência. E para justificar tamanha pressa, anexou fotos daqueles desenhos, mas editadas, de modo que permitiam ser razoavelmente examinadas, mas dificultavam deduzir onde estavam incrustradas.

Como estivesse aflito, não se lembrou que Botsuana está 6 horas à frente de Ottawa, lar do Dr. Moore. Quando percebeu a diferença, e olhou paro o relógio – eram 4 da madrugada –, imaginou que o septuagenário já adentrava o limiar do quinto sono. E praguejou.

No entanto, e para sua felicidade, Dr. Moore estava com insônia, e navegava pela internet.

A surpresa foi tão grande, que o PhD em linguística logo clicou na mensagem.

Ora, como David era o seu aluno preferido no colégio, aquele que afirmava seria o seu discípulo, jurando aprofundar-se no fascinante mundo das letras mortas, ensinamentos que recebia após o término das aulas regulares, Dr. Moore ficou muito feliz ao constatar que ele buscava reavivar a amizade, usando mão, justamente, daquilo que aprendera.

O bate-papo inicial – “Mas que surpresa!”; “Como vão as coisas?”; “Casou com aquela garota de quem gostava?”; “E como vai a família?” – impunha a David uma agonia insuportável, como a que sente uma criança que está diante de seu pai, prestes a receber o presente que há tempos cobiçava, mas cuja entrega ele retarda por pura diversão.

Quando o assunto enfim migrou para aqueles desenhos, a frequência cardíaca de David disparou. E quando o Dr. Moore disse ter achado bastante criativa a forma que usara para chamar-lhe a atenção, o coração de David quase saiu pela boca!

O problema é que nem o seu ex-professor expressamente lhe confirmava as suspeitas, nem David tinha coragem de perguntar o que de fato representavam aqueles desenhos.

Até que chegou um momento em que o Dr. Moore questinou o porquê de David ter preferido o sânscrito ao invés do latim, já que esta última língua era a que mais o atraía.

David petrificou-se!...

De repente, uma chusma de perguntas acotovelavam-se em seu cérebro. Dr. Moore falava a verdade, ou, por força da idade, via naqueles desenhos o que gostaria de ver? Seria possível que o tempo e a pressão tivessem sido tão caprichosos, ou não foram eles os autores daquelas palavras? Mas se não foi a natureza quem os escrevera, por que em sânscrito e com qual objetivo? E quais as consequências que esse fato imporia à ciência, à religião, ao mundo?...

David sentia-se como se lhe tivessem arrancado o chão. E porque estivesse atordoado, esquecia-se de perguntar o significado daquela escrita e resolvia contar onde estava contida.

Desta vez, foi o Dr. Moore quem perdeu a voz ante o pasmo da revelação.

E como continuasse mudo, coube ao ex-aluno retomar a conversa. E indagou sobre a tradução.

Dr. Moore demorou um pouco para reequilibrar-se. E tão assombrado estava, que disse só revelaria o significado daquelas palavras se pudesse reexaminá-las, tendo nas mãos a gema.

Como havia muito em jogo, e porque não vislumbrasse alternativa, David acabou cedendo. E para que o Dr. Moore não alegasse inconvenientes que pudessem atrasar a sua chegada a Botsuana, o engenheiro chefe garantiu que a empresa providenciaria a passagem aérea (primeira classe) para o primeiro voo que houvesse, e bancaria a sua estada. Pedia, no entanto, segredo absoluto sobre o assunto. Ele aceitou.

A viagem do Canadá até o continente africano demoraria pouco mais de 24h. Essa duração, David deveria passá-la com certa tranquilidade. No entanto, alguém caiu em tentação, e a notícia sobre a gigantesca novidade vazou.

Foi um pandemônio! De um momento para o outro, David viu-se cercado pela imprensa internacional, pelos acionistas, e pelo CEO da mineradora, que determinou enviasse-lhe algumas fotos, que mantivesse o diamante longe de tudo e de todos, e afirmou iria encontrá-lo assim que se recuperasse da crise de gota que o acometia.

No dia seguinte, David já estava no aeroporto uma hora antes do horário previsto para o pouso. Recebeu o mestre com a devida formalidade, que foi logo abandonada ao entrarem no veículo que os levaria para a área de exploração.

Dr. Moore bem que tentou perguntar sobre aqueles desenhos, mas David meneou a cabeça em negativas, indicando com os olhos que o motorista não poderia ouvi-los.

Assim que chegaram, David o conduziu ao seu gabinete, cômodo onde guardara o achado, e determinou que ninguém viesse importuná-los. E para justificar a presença de um estranho, alegou ser outro especialista em lapidação.

No exato instante que viu a pedra, os olhos do Dr. Moore arregalaram-se; menos pelo seu tamanho descomunal do que pelos desenhos que já entrevia.

E um silêncio sepulcral imperava naquela sala enquanto o expert, usando da sua preciosa lente de aumento e tremendo de emoção, perscrutava caractere por caractere, palavra por palavra.

Ao terminar a análise, Dr. Moore colocou a gema sobre a bancada, inspirou profusamente, fixou os olhos no anfitrião, e certificou tratar-se do sânscrito.

David sorriu. Ato contínuo, perguntou o que significavam.

Dr. Moore passou a falar, já com a voz entrecortada: “Vós não podeis servir a Deus e a Mamon”. – nome por que era conhecido o deus das riquezas.

E se a fisionomia do Dr. Moore denotava um amálgama em que se debatiam aturdimento, incompreensão, pequenez, incredulidade, não haveria palavras que pudessem descrever o semblante de David...

Passados alguns dias, e mesmo diante do atestado pelo Dr. Moore, o CEO da empresa, mais propenso ao pragmatismo do que predisposto à verdade, além de zombar do que ouviu, ameaçou processar a ambos, caso essa tolice fosse parar nos jornais.

Dr. Moore retornou para Ottawa, onde o tédio da aposentadoria seria para sempre minorado pela mesmíssima convicção com que Hamlet se dirigiu a Horácio. – “Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe sua vã filosofia.”

David, por seu turno, pediu demissão e viajou para o Tibet. Se vira naqueles desenhos a mão de Deus a afastá-lo de suas grandes paixões, também não descria que o isolamento provisório e a meditação seriam imprescindíveis à sua reeducação.

E quando se sentisse forte o bastante para retomar a vida de relação, regressaria à sua pátria, abraçaria a carreira acadêmica, pediria sua namorada em casamento, e, se o Dr. Moore ainda tivesse disposição, ficaria muito feliz e honrado em se tornar o seu mais novo discípulo.

TRIBUTO À MULHER

Por Gustavo Dourado (Taguatinga, DF)

 

Homenagem pelo Dia Internacional da Mulher

Homenagem especial a Maria Félix Fontele

 

Mulher é mãe natureza

Floresce o encantamento

Mulher que amor inspira

Ilumina o pensamento

Mulher é árvore da vida

Frutifica o sentimento

 

Mulher é vivacidade

Natureza em sintonia

Soma da vitalidade

Sementeira de alegria

A mulher reluz na noite

Que germina a sinfonia

 

Mulher é constelação

Galáxia da infinitude

Estreluz voz libertária

Sabedoria, atitude

Floresce na madrugada

Pelas noites da virtude

 

Mulher é eternidádiva

Navegante atemporal

É saudade transmutante

Fraternidade vital

Poesia que nos nutre

Com o leite essencial

 

Mulher é hierofanta

Ternura-epifania

É lâmpada tāo radiante

É estrela que nos guia

Amor em prosa e verso

Quintessência da poesia

 

Mulher é sol plenitude

É gênese que alimenta

Criativa, luminosa

É vida que amamenta

Mãeterna que nos procria

Natura que sapienta

 

Mulher é flor q concebe

Artesã do movimento

É deusave em harmonia

É nave que voa no vento

Na sintonia da ternura

Estrelua do firmamento

 

Mulher lume diamante

Constelação magistral

Nas lutas de cada dia

Divindade maternal

A mulher na eternidade

Luz infinitesimal...

 

A mulher faz o caminho

Arte-vida, nascimento

É mãe de Jesus.Gandhi

Einsteiniano talento

É dela q nascem homens

As luzes do pensamento

 

A mulher é gen.semente

Germina a humanidade

Mulher a brotar a vida

A nova sociedade

Toda mulher tem a graça

Com mulher há liberdade

 

Das mulheres nasceram

Cristo, Lennon e Maomé

Luther, Dumont, JK

Castro Alves e Pelé

A mulher faz a história

Com amor, trabalho-fé

 

Da mulher tudo provém

Até mesmo a divindade

Des.confio q nos deuses

Haja flor, feminil.idade

Nas costelas da mulher

Transmuta a felicidade

 

Foi no umbigo da mulher

Que germinou a panaceia

Bem no olhar da pitonisa

E na boca de Almathea

No coração do planeta

O palpitar de mãe Rhea

 

Mulher em prosa e verso

Multiversos, poesia

Despetala o sentimento

Coração pulsa alegria

No mês março brota flor

Despertar da fantasia

 

Salve sempre a mulher

Minuto-hora, dia e ano

Mulher q o amor inspira

Nas mulheres do oceano

As amazonas das águas

Mulher em primeiro plano

 

Mulheres homenageio

Com amor e sentimento

A mulher que nos guia

Estrela do pensamento

Multiversa infinieterna

Nas luzes do firmamento

 

Mil flores às mulheres

Com amor e dedicação

Mulheres na natureza

São mais beleza em ação

A eternidade é mulher

Num infinitom coração