Revista Cerrado Cultural
Revista literária virtual de divulgação de escritores, poetas e amantes das letras e artes. Editor: Paccelli José Maracci Zahler Todas as opiniões aqui expressas são de responsabilidade dos autores. Aceitam-se colaborações. Contato: cerrado.cultural@gmail.com
segunda-feira, 1 de abril de 2024
SENTADA DE TRADIÇÃO
Por N'Dom Calumbombo (Luanda, Angola)
Numa tarde amena com os amigos, em Luanda, sentados sob os olhares de estranhas cevadas, continha duas mesas em torno do cerco que se fazia dourados, por dentro, atenuava-se os alaridos, todavia, os insinuosos gritos em cada sentada faziam-se ritos de tradição. No início, José Machado tencionava pôr um basta com pretensão de se voltar à normalidade. Na medida que as horas passavam, colocava-se sobre os pés a caminho de volta a casa, quando tentasse, flagrava-se sob o impulso à parede vendo os seus braços dobrados.
Carlos Jorge, um dos amigos angustiado com a situação, chegou perto e disse; não é preciso entrar em desuso, sendo que, passa apenas a partir de hoje abrir-se uma exceção, mas que se saia de livre vontade. Ofereceu-lhe uma taça contendo álcool como tradição dos velhos tempos, foi, então, disparido com a queda de se ver perdido, porque das vastas sentadas, o copo com ou sem álcool, fora sentidas de alegria e de melancólicos sorrisos.
Voltou à casa fustigado pela aurora da noite, olhou com suavidade nos retratos, sentindo à medida larga das sentadas vividas, rondava-se sobre os cantos do quarto, com um canto místico relembrando à tradição dos tendenciosos ventos clarões do dia, rio sem foz, com um cigarro à ponta da língua. Duas horas depois, quando à chegada dos amigos, vindo saber sobre sua chegada, saio pela porta dos fundos, nostálgico, arremessou-se para o ombro de um de seus amigos, distraído, avistou os outros pela frente. Disfarçado, aparentava estar suado, mas ainda assim, abraçou-lhe fortemente dizendo: vim porque de nós está os sacrifícios, história que renasce em cada sentada que tivemos juntos.
Tinha vinte e três anos de idade, mas nunca conseguira explicar tudo o que sentia. Exaltado pela brisa das chamas do dia, aconchega a cabeça a uma tábua sob o pouso duma pedra, na espera que os demais saíssem, o que causara de tal forma, minutos depois, num inchaço manifestado pela demora.
Numa manhã fria, batendo a saudade no âmago entre lágrimas jazidas, de desejos internos, abriu as janelas, sentindo o aroma das paisagens, dos passeios que, às vezes, desejando não mais voltar em casa. Como não passara de tradição, com cervejas, cigarro e petiscos, a mãe, na distração, assustou-se com medo de vê-lo a jogar-se pela janela. A mãe, em sua volta, amarfanha e colocava-se a sorrir. Quando o pai chegou, despiu-se da escuridão do efecto e da razão cintilante que pairava no cerne do seu interior. Ficou com a marca na memória, chocado ao vê-lo pendurado na janela, que ambos o vinham como esperança. Ficaram dois dias sem se ver, no terceiro dia, quando o pai saio do trabalho, o pai entrara com os seus tios, com a missão de pôr um basta nas atitudes vedadas de tradição, onde o fim é a perdição que não se sonhara.
Assustado com o pôr-do-sol, fundo
como um furacão, ajustou-se à porta estreita, como se não visse a família a
entrar, mordeu-se os dentes, saciava sair dali e jogar-se pelo quintal. A mãe
saira do quarto abatida, com estranhas sensações de febril. Foi à varanda com
os sentidos penosos, sem tido tempo para poder lavar o rosto de lágrimas de rio
caído. O corpo da mãe exaltara, de certa forma, uma frieza, embora os aromas
dos ventos abafados pelas estranhezas em vê-lo ladeado no meio da família, com
o bolo alimentar pela boca, via no íntimo de seu filho os pedidos de desculpas,
esplêndido, concordava com cada palavra que, verdadeiramente, tatuado na sua
alma, relembrava dos momentos antagónicos que passara com os amigos em cada
sentada de tradição.
N'Dom Calumbombo, pseudônimo
literário de Domingos Félix Calumbombo, nasceu em Luanda. Identifica-se como
cronista, contista e poeta da nova geração, tendo participado na Obra
"Antologia da Minha Infância", publicado em 2021 pela Editora Mundo da
Leitura, e seus textos são divulgados na rádio Megaweb Portugal, em Portugal. É
licenciado em Secretariado Executivo e Comunicação Empresarial pela Faculdade
de Humanidades da Universidade Agostinho. Actualmente, escreve para o Jornal
OPaís.
HAICAI A ARTE DA POESIA - UM GUIA PASSO A PASSO
VOCÊ PENSA OU PENSA QUE PENSA?
Por Humberto Pinho da Silva (Porto, Portugal)
Durante longos anos ouvi
diariamente: comentários e pareceres de amigos e conhecidos e, frequentemente
escuto na cafetaria, onde todas as tardes tomo o reconfortante cafezinho,
conversas sobre os mais diversos assuntos.
De tudo que ouvi e escuto,
conclui: a maioria das pessoas são como dizia o mendigo de Joracy Camargo:
" Pensam que pensam, mas não pensam".
São simples repetidores do que
ouvem ou leem dos fazedores de opinião.
Os pareceres variam, em norma,
consoante a posição que se encontram no xadrez da vida: alteram-se com a
situação económica do momento.
Poucos são os que possuem
convicções e certezas fundamentadas – ainda que asseverem que as têm...
Se perguntarmos a ferrenho
torcedor a razão de ter aderido a certo clube desportivo, não saberá, por
certo, responder.
" Sou, porque sou." -
Argumenta; ou porque o pai já o era; ou simplesmente para ser do contra: a
família torcia por outro clube.
Acontece, igualmente, na
política. Poucos militantes conhecem a ideologia e os estatutos. Basta-lhes
repetirem o que diz o líder; os mais fanáticos, mesmo reconhecendo o erro, são
incapazes de o reconhecerem.
Infelizmente o que se passa no
desporto e na política, ocorre algumas vezes, na religião:
Se perguntarmos a crente,
porque permanece nesta ou naquela denominação, por certo não saberá responder.
Talvez declare: Que é a Igreja da maioria; porque gosta do sacerdote; ou era a
da sua meninice.
Também na Igreja, como na
política, há infelizmente, quem busque interesses financeiros ou projeção
social:
Conheci homem que frequentava
Igreja Evangélica, porque recebia, algumas vezes um queijo flamengo!...
Conheci, igualmente, escritor,
amigo de meu pai, cujas obras alcançaram importantes prémios. Uma vez
confidenciou-lhe:" No início da carreira tive que aderir a partido
político de esquerda, para conseguir editor!..."
O mesmo aconteceu a
intelectuais, na época da ditadura...que mais tarde inscreveram-se em partidos
de esquerda, após haverem recebido benesses do antigo regime.
Tenho, portanto, sempre
reservas quando ouço ou leio comentários na média, porque é raro ser-se
imparcial. Todos sofremos influencias. Poucos são verticais e honestos. Mas ai
de quem lhes diga isso!...
O RECADO
Por Dias Campos (São Paulo, SP)
Quando
se pensava que o maior diamante do mundo já tinha sido encontrado, a África a
todos surpreenderia, fazendo com que os olhos dos cobiçosos rebrilhassem mais
uma vez.
E
se havia quem se maravilhasse a cada novo achado, esse alguém era o engenheiro
chefe, David Johnson, idólatra dessas preciosidades e amante do dinheiro que
elas proporcionam; tanto que alardeava aos quatro ventos que só Deus poderia
afastá-lo dessas duas paixões.
Desta vez, porém,
não seriam os 1.112 quilates da nova descoberta – três a mais do que os da sua
antecessora – os únicos responsáveis pelos holofotes a serem direcionados para
as minas de Botsuana, mas, sim, algo que havia em seu interior...
Por força
disso, à medida que o engenheiro de plantão lavava a pedra, ele e os mineiros
que o rodeavam, ao invés de se manterem em júbilo, deixavam transparecer um quê
de desapontamento, pois o seu valor comercial transmudava de extraordinário
para aproveitável.
David foi logo
avisado, e correu ao ponto onde acharam a gema. Vinha, é claro, com um misto de
euforia e decepção, pois se não deixaram de repassar a boa notícia, também não ocultaram
a má.
Antes mesmo de
pôr as mãos na novidade, os olhos do perito ofuscaram! Mas foi só observá-la para
que o deslumbre diminuísse. – Eram desenhos dispostos em um veio retilíneo que
cruzavam a gema de ponta a ponta, sendo que pareciam ter sido esculpidos por
uma impressora a laser de última
geração, haja vista a perfeição com que se repetiam.
Depois de
examinar a novidade o mais que podia, David a levou para sua sala, onde aconteceria
uma reunião a portas fechadas com toda a sua equipe. Não saiu, contudo, sem
advertir os funcionários que a admiravam de que estavam terminantemente
proibidos de fazerem comentários; quem o fizesse, seria demitido sem direito à
contradita.
David não
tomou essa decisão por medo de que a notícia vazasse. Até porque, seus empregados
não só estavam acostumados com o sigilo que deve imperar nesse ramo de
atividade, como, também, não ousaram maculá-lo quando encontraram o diamante
anterior.
Eram, na
verdade, aqueles desenhos – riscos horizontais em que se pendiam outros verticais
e formas curvilíneas – que o incomodavam sobremaneira.
Já em seu
gabinete, ladeado por toda a equipe, o achado seria passado de mão em mão.
David queria que cada um opinasse sobre aqueles desenhos, como se necessitasse
de uma justificativa para o seu incômodo.
Se bem que as
opiniões começassem científicas, não faltaram criatividade e gracejos a
tentarem explicar aquele estranhíssimo fenômeno; a exemplo da hipótese levantada
pelo palhaço-mor da equipe, que afirmou serem hieróglifos entalhados por Micrômegas
(de Voltaire), aduzindo que, por ter o viajante intergaláctico se apaixonado
por uma terráquea, não lhe restou alternativa senão a de rabiscar o seu endereço
e o contato telefônico no primeiro “guardanapo” que encontrou, já que sua nave
espacial estava na iminência de decolar em direção à sua morada na estrela
Sirius.
Todos riram,
incluindo David. Mas essa brincadeira causou-lhe forte impressão, mesmo que não
a tivesse demonstrado.
Terminada a
reunião, o engenheiro chefe permaneceu em seu gabinete. Era preciso debruçar-se
sobre aqueles desenhos, e sobre o mal-estar que eles provocavam. Na realidade,
mesmo não conseguindo definir o que sentia, para David, eles nada tinham de
naturais. E, coisa singular, até pareciam... familiares!
David, então,
escaneou como pôde aqueles desenhos, e guardou a pedra a sete chaves. Em
seguida, deitou-se sobre a cama. Precisava pensar, rememorar... Sentou-se
novamente, e ficou observando as imagens na tela do seu celular. E ora
ampliava-as, ora girara-as. E olhava para o teto... e nada lhe vinha à mente.
Levantou-se, andou pelo quarto; foi à janela,
mirou o horizonte... e jogou o celular sobre a cama, como se a comichão que o
afligia não tivesse passado de uma grande tolice.
E como o
pensamento voltava-se para a milionária quantia que deixariam de lucrar graças
à desgraça imposta pela mãe natureza, David desenterrou alguns palavrões e tornou
a se deitar. Talvez no sono encontrasse a maneira mais dócil de repassar a
notícia para o poderoso e nada compreensível CEO da mineradora.
Mas o sonho
traria uma reviravolta...
Súbito,
acordou. Estava ofegante e suava frio.
Com o passar
dos segundos, em que inspirava e expirava lenta e profundamente, David retomava
o prumo. E o nevoeiro que lhe encobria a memória começou a dispersar-se.
Quando a bruma
foi de todo afastada, determinadas lembranças acerca de um erudito reavivaram-se
em sua mente como se assistisse a um filme de altíssima definição.
David pôs as
mãos sobre a cabeça, avocou os céus, e levantou-se de um pulo. Era preciso
reencontrar aquele velho amigo, e o mais rápido possível!
Com a ajuda do
Google, não foi difícil achar o do Dr. Elliott Moore e obter o seu contato.
Não abusando
dos rapapés, e sem entrar em detalhes, David enviou uma mensagem por e-mail para
o seu antigo professor, suplicando que o contatasse com urgência. E para
justificar tamanha pressa, anexou fotos daqueles desenhos, mas editadas, de
modo que permitiam ser razoavelmente examinadas, mas dificultavam deduzir onde
estavam incrustradas.
Como estivesse
aflito, não se lembrou que Botsuana está 6 horas à frente de Ottawa, lar do Dr.
Moore. Quando percebeu a diferença, e olhou paro o relógio – eram 4 da
madrugada –, imaginou que o septuagenário já adentrava o limiar do quinto sono.
E praguejou.
No entanto, e
para sua felicidade, Dr. Moore estava com insônia, e navegava pela internet.
A surpresa foi
tão grande, que o PhD em linguística logo clicou na mensagem.
Ora, como
David era o seu aluno preferido no colégio, aquele que afirmava seria o seu
discípulo, jurando aprofundar-se no fascinante mundo das letras mortas, ensinamentos
que recebia após o término das aulas regulares, Dr. Moore ficou muito feliz ao
constatar que ele buscava reavivar a amizade, usando mão, justamente, daquilo
que aprendera.
O bate-papo
inicial – “Mas que surpresa!”; “Como vão as coisas?”; “Casou com aquela garota
de quem gostava?”; “E como vai a família?” – impunha a David uma agonia
insuportável, como a que sente uma criança que está diante de seu pai, prestes
a receber o presente que há tempos cobiçava, mas cuja entrega ele retarda por pura
diversão.
Quando o
assunto enfim migrou para aqueles desenhos, a frequência cardíaca de David disparou.
E quando o Dr. Moore disse ter achado bastante criativa a forma que usara para
chamar-lhe a atenção, o coração de David quase saiu pela boca!
O problema é
que nem o seu ex-professor expressamente lhe confirmava as suspeitas, nem David
tinha coragem de perguntar o que de fato representavam aqueles desenhos.
Até que chegou
um momento em que o Dr. Moore questinou o porquê de David ter preferido o
sânscrito ao invés do latim, já que esta última língua era a que mais o atraía.
David
petrificou-se!...
De repente,
uma chusma de perguntas acotovelavam-se em seu cérebro. Dr. Moore falava a verdade,
ou, por força da idade, via naqueles desenhos o que gostaria de ver? Seria
possível que o tempo e a pressão tivessem sido tão caprichosos, ou não foram
eles os autores daquelas palavras? Mas se não foi a natureza quem os escrevera,
por que em sânscrito e com qual objetivo? E quais as consequências que esse
fato imporia à ciência, à religião, ao mundo?...
David
sentia-se como se lhe tivessem arrancado o chão. E porque estivesse atordoado,
esquecia-se de perguntar o significado daquela escrita e resolvia contar onde
estava contida.
Desta vez, foi
o Dr. Moore quem perdeu a voz ante o pasmo da revelação.
E como continuasse
mudo, coube ao ex-aluno retomar a conversa. E indagou sobre a tradução.
Dr. Moore
demorou um pouco para reequilibrar-se. E tão assombrado estava, que disse só
revelaria o significado daquelas palavras se pudesse reexaminá-las, tendo nas
mãos a gema.
Como havia
muito em jogo, e porque não vislumbrasse alternativa, David acabou cedendo. E
para que o Dr. Moore não alegasse inconvenientes que pudessem atrasar a sua
chegada a Botsuana, o engenheiro chefe garantiu que a empresa providenciaria a
passagem aérea (primeira classe) para o primeiro voo que houvesse, e bancaria a
sua estada. Pedia, no entanto, segredo absoluto sobre o assunto. Ele aceitou.
A viagem do
Canadá até o continente africano demoraria pouco mais de 24h. Essa duração,
David deveria passá-la com certa tranquilidade. No entanto, alguém caiu em
tentação, e a notícia sobre a gigantesca novidade vazou.
Foi um
pandemônio! De um momento para o outro, David viu-se cercado pela imprensa
internacional, pelos acionistas, e pelo CEO da mineradora, que determinou enviasse-lhe
algumas fotos, que mantivesse o diamante longe de tudo e de todos, e afirmou
iria encontrá-lo assim que se recuperasse da crise de gota que o acometia.
No dia seguinte,
David já estava no aeroporto uma hora antes do horário previsto para o pouso.
Recebeu o mestre com a devida formalidade, que foi logo abandonada ao entrarem
no veículo que os levaria para a área de exploração.
Dr. Moore bem
que tentou perguntar sobre aqueles desenhos, mas David meneou a cabeça em
negativas, indicando com os olhos que o motorista não poderia ouvi-los.
Assim que
chegaram, David o conduziu ao seu gabinete, cômodo onde guardara o achado, e
determinou que ninguém viesse importuná-los. E para justificar a presença de um
estranho, alegou ser outro especialista em lapidação.
No exato
instante que viu a pedra, os olhos do Dr. Moore arregalaram-se; menos pelo seu
tamanho descomunal do que pelos desenhos que já entrevia.
E um silêncio
sepulcral imperava naquela sala enquanto o expert,
usando da sua preciosa lente de aumento e tremendo de emoção, perscrutava caractere
por caractere, palavra por palavra.
Ao terminar a
análise, Dr. Moore colocou a gema sobre a bancada, inspirou profusamente, fixou
os olhos no anfitrião, e certificou tratar-se do sânscrito.
David sorriu.
Ato contínuo, perguntou o que significavam.
Dr. Moore
passou a falar, já com a voz entrecortada: “Vós não podeis servir a Deus e a
Mamon”. – nome por que era conhecido o deus das riquezas.
E se a fisionomia
do Dr. Moore denotava um amálgama em que se debatiam aturdimento, incompreensão,
pequenez, incredulidade, não haveria palavras que pudessem descrever o
semblante de David...
Passados
alguns dias, e mesmo diante do atestado pelo Dr. Moore, o CEO da empresa, mais propenso
ao pragmatismo do que predisposto à verdade, além de zombar do que ouviu,
ameaçou processar a ambos, caso essa tolice fosse parar nos jornais.
Dr. Moore
retornou para Ottawa, onde o tédio da aposentadoria seria para sempre minorado
pela mesmíssima convicção com que Hamlet se dirigiu a Horácio. – “Há mais
coisas entre o céu e a terra do que supõe sua vã filosofia.”
David, por seu
turno, pediu demissão e viajou para o Tibet. Se vira naqueles desenhos a mão de
Deus a afastá-lo de suas grandes paixões, também não descria que o isolamento provisório
e a meditação seriam imprescindíveis à sua reeducação.
E quando se
sentisse forte o bastante para retomar a vida de relação, regressaria à sua
pátria, abraçaria a carreira acadêmica, pediria sua namorada em casamento, e,
se o Dr. Moore ainda tivesse disposição, ficaria muito feliz e honrado em se
tornar o seu mais novo discípulo.
TRIBUTO À MULHER
Por Gustavo Dourado (Taguatinga, DF)
Homenagem pelo Dia Internacional da Mulher
Homenagem especial a Maria Félix Fontele
Mulher é mãe natureza
Floresce o encantamento
Mulher que amor inspira
Ilumina o pensamento
Mulher é árvore da vida
Frutifica o sentimento
Mulher é vivacidade
Natureza em sintonia
Soma da vitalidade
Sementeira de alegria
A mulher reluz na noite
Que germina a sinfonia
Mulher é constelação
Galáxia da infinitude
Estreluz voz libertária
Sabedoria, atitude
Floresce na madrugada
Pelas noites da virtude
Mulher é eternidádiva
Navegante atemporal
É saudade transmutante
Fraternidade vital
Poesia que nos nutre
Com o leite essencial
Mulher é hierofanta
Ternura-epifania
É lâmpada tāo radiante
É estrela que nos guia
Amor em prosa e verso
Quintessência da poesia
Mulher é sol plenitude
É gênese que alimenta
Criativa, luminosa
É vida que amamenta
Mãeterna que nos procria
Natura que sapienta
Mulher é flor q concebe
Artesã do movimento
É deusave em harmonia
É nave que voa no vento
Na sintonia da ternura
Estrelua do firmamento
Mulher lume diamante
Constelação magistral
Nas lutas de cada dia
Divindade maternal
A mulher na eternidade
Luz infinitesimal...
A mulher faz o caminho
Arte-vida, nascimento
É mãe de Jesus.Gandhi
Einsteiniano talento
É dela q nascem homens
As luzes do pensamento
A mulher é gen.semente
Germina a humanidade
Mulher a brotar a vida
A nova sociedade
Toda mulher tem a graça
Com mulher há liberdade
Das mulheres nasceram
Cristo, Lennon e Maomé
Luther, Dumont, JK
Castro Alves e Pelé
A mulher faz a história
Com amor, trabalho-fé
Da mulher tudo provém
Até mesmo a divindade
Des.confio q nos deuses
Haja flor, feminil.idade
Nas costelas da mulher
Transmuta a felicidade
Foi no umbigo da mulher
Que germinou a panaceia
Bem no olhar da pitonisa
E na boca de Almathea
No coração do planeta
O palpitar de mãe Rhea
Mulher em prosa e verso
Multiversos, poesia
Despetala o sentimento
Coração pulsa alegria
No mês março brota flor
Despertar da fantasia
Salve sempre a mulher
Minuto-hora, dia e ano
Mulher q o amor inspira
Nas mulheres do oceano
As amazonas das águas
Mulher em primeiro plano
Mulheres homenageio
Com amor e sentimento
A mulher que nos guia
Estrela do pensamento
Multiversa infinieterna
Nas luzes do firmamento
Mil flores às mulheres
Com amor e dedicação
Mulheres na natureza
São mais beleza em ação
A eternidade é mulher
Num infinitom coração